A falta de energia decorrente das fortes chuvas prejudicou diretamente mais de 1,35 milhão de pessoas
Depois da forte chuva que atingiu o estado de São Paulo na sexta-feira (11), deixando boa parte da capital e da Grande São Paulo, por pelo menos seis dias sem o completo funcionamento da rede elétrica, o comércio paulista pode ter deixado de arrecadar até R$ 98,6 milhões.
A estimativa é baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana, dados que são monitorados pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).
Na avaliação do economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de estimar, pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na Cidade de São Paulo, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia (até o fechamento da matéria), mas, podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras “imediatas” e “por impulso” dos consumidores.
A falta de energia decorrente das fortes chuvas prejudicou diretamente mais de 1,35 milhão de pessoas. Ruiz de Gamboa observa que essa situação afeta principalmente os consumos imediatos e por impulso, quando há essas restrições no fluxo de clientes.
Os cálculos dos prejuízos podem ficar maiores quando for levado em conta, não só o que se deixou de vender, mas o caso de comerciantes que podem ter perdido produtos que precisavam de algum equipamento elétrico como geladeiras ou no caso de estragos causados a equipamentos eletrônicos que podem não ter aguentado a instabilidade da rede elétrica.
Até quinta-feira (17), quase uma semana depois, algumas regiões da cidade ainda relatavam a falta de energia ou a instabilidade do sistema.
Com previsão de mais chuvas e fortes ventos, os comerciantes começam a traçar planos para enfrentar possíveis situações de falta de energia, com compra de nobreaks e geradores de energia. A Prefeitura de São Paulo também afirmou que está se preparando para os próximos temporais, colocando agentes da Defesa Civil e profissionais de zeladoria de prontidão e 100 geradores para manter o funcionamento de semáforos.
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