A humanidade como arte: 36ª Bienal de São Paulo estreia neste sábado

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Bienal acontece no Pavilhão Ciccillo Matarazzo - Crédito: Wikipédia

Com abertura no último sábado, a mostra propõe refletir sobre a humanidade como prática viva e acolhe vozes

Desde sábado, 6 de setembro, São Paulo abre as portas para a 36ª Bienal de Arte, intitulada “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, em uma edição com entrada gratuita e que se estenderá até 11 de janeiro de 2026, com duração inédita de quatro meses.

Curada pelo professor Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, um nigeriano radicado na Alemanha, a exposição propõe uma reflexão sobre o estado do mundo, questionando e expandindo o conceito de “humanidade” para além de um viés eurocêntrico e político.

O título da mostra, extraído de um poema de Conceição Evaristo, dialoga com uma humanidade que habita “mundos submersos”, revelando-se nos silêncios, na poesia e na escuta.

Com sede no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, a Bienal reúne 125 obras, organizadas em seis núcleos temáticos que abordam questões como meio ambiente, memória, migração, convivência entre seres vivos e resistência à desumanização.

A expografia, concebida pelos arquitetos Gisele de Paula e Tiago Guimarães, recria a fluidez de um estuário: percursos sinuosos que convidam à reflexão, pausa e encontro entre as obras e o público 36ª Bienal de São Paulo.

A mostra foi precedida por um programa público global, Invocações, iniciado em novembro de 2024, que incluiu encontros artísticos, debates e performances em Marrakech, Guadalupe, Zanzibar e Tóquio.

Entre os artistas convidados estão nomes consagrados e emergentes, brasileiros e estrangeiros, explorando linguagens diversas como pintura, performance, instalação, escrita, escultura, som e experimentações coletivas. Brilham no elenco Maxwell Alexandre, Maria Auxiliadora, Heitor dos Prazeres, assim como Frank Bowling, Wolfgang Tillmans, Otobong Nkanga e Ming Smith, entre dezenas de outros.

Esta edição da Bienal traduz o encontro do local e do global, da ancestralidade e da experimentação contemporânea. Ao propor a “humanidade como um verbo”, a mostra desafia o público a repensar como vivemos juntos, como nos escutamos e como nos transformamos mutuamente por meio da arte.

Serviço:

36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática

Quando: até 11 jan 2026

Onde: Pavilhão Ciccillo Matarazzo – Parque Ibirapuera · Portão 3 · São Paulo, SP

Entrada gratuita


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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