Cientistas europeus publicaram novo consenso sobre prevenção
A vacinação contra a covid-19 também protege contra a covid longa e as doenças cardiovasculares relacionadas ao vírus, de acordo com novo consenso clínico publicado na quinta-feira (18), em inglês, na Revista Europeia de Cardiologia Preventiva.
“A vacinação continua sendo a pedra angular da prevenção, reduzindo significativamente a gravidade da covid-19 aguda e diminuindo o risco de covid longa em mais de 40% em indivíduos vacinados com duas doses, em comparação com os não vacinados”, diz o documento elaborado por cinco entidades médicas da área cardíaca europeias.
Além disso, os estudos analisados para a elaboração do consenso mostram que, se uma pessoa que nunca foi vacinada apresentar um quadro de covid longa, a imunização pode ajudar a reduzir os sintomas.
As entidades também recomendam que as doses de reforço sejam tomadas especialmente por pessoas que fazem parte dos grupos de alto risco, pois podem reduzir tanto o risco de covid longa quanto de complicações cardiovasculares relacionadas à infecção.
Assinam o texto a Associação Europeia de Cardiologia Preventiva, a Associação Europeia de Imagem Cardiovascular, a Associação de Enfermagem Cardiovascular e Profissões Afins, a Associação Europeia de Intervenções Cardiovasculares Percutâneas e a Associação de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Europeia de Cardiologia.
O documento destaca que as complicações cardíacas são comuns após a infecção pelo vírus e, na fase aguda, podem incluir:
miocardite;
pericardite;
infarto agudo do miocárdio;
acidente vascular cerebral;
trombose;
embolia pulmonar.
Pessoas que tiveram covid apresentam duas vezes mais risco de desenvolver algum problema cardiovascular, o que sobe para quatro vezes no caso daquelas que foram hospitalizadas. Esse risco aumentado pode perdurar por até três anos após a infecção.
O consenso clínico também esclarece que os casos de complicações de saúde após a vacina são raros, geralmente de curta duração e com percurso clínico favorável. Um dos estudos relacionados mostra, por exemplo, que, entre mais de 2,5 milhões de pessoas vacinadas, apenas 54 tiveram miocardite e quase todos foram casos leves ou moderados.
“Apesar do risco raro de eventos adversos, as vacinas contra a covid-19 reduzem significativamente a gravidade da doença aguda e da covid longa” conclui o documento.
Com informações de Agência Brasil
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