
PM periciou possível local que foi cativeiro da jovem antes do assassinato
Na noite da segunda-feira (10), o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), Luiz Carlos do Carmo, concedeu uma entrevista coletiva para esclarecer os novos pontos da investigação do Caso Vitória, a jovem de 17 anos que foi assassinada em Cajamar, Grande São Paulo.
Segundo o diretor, atualmente a polícia investiga três suspeitos, Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado da vítima, Maicol Sales dos Santos, dono do carro visto seguindo Vitória e vizinho da família, e Daniel Lucas Pereira, amigo da vítima. Os três são colocados como suspeitos por motivos diferentes e contradições nos depoimentos à polícia.
Gustavo, por exemplo, afirmou que não tinha contato há meses com Vitória Regina, no entanto, durante as investigações, foi encontrada uma ligação telefônica entre ele e a jovem no dia do desaparecimento e a geolocalização o colocou próximo à casa da vítima no mesmo dia, sendo que ele mora a uma distância considerável dali.
Maicol teve o álibi desmentido pela esposa, que contou à polícia que não estava em casa no dia do desaparecimento de Vitória. No carro dele foram encontrados sangue e um fio de cabelo. Os dois vestígios estão sendo analisados em laboratório para verificação de DNA. Ele está preso preventivamente. “Demos um grande passo com a prisão do Maicol, um dos autores que praticou essa barbárie”, disse Luiz Carlos do Carmo sobre a prisão.
Já Daniel é suspeito por ter feito gravações no celular do caminho que Vitória percorreria até em casa. Um pedido de prisão preventiva foi negado pela justiça pelas provas não eram suficientes para o colocarem na cena do crime.
Na coletiva também foi afastada a hipótese de o pai de Vitória, Carlos Alberto Souza, estar envolvido com o crime. Horas antes da entrevista com a imprensa, foi anunciado que ele era suspeito por comportamento estranho perante a morte da filha. O advogado dele alega que o pai nunca foi ouvido formalmente.
Ainda na noite de ontem, a polícia periciou um local que pode ter sido o cativeiro da jovem. Nem todas as informações foram passadas à imprensa para que os trabalhos possam ser concluídos de forma clara.
Vitória desapareceu na madrugada do dia 27 de fevereiro depois de sair do trabalho. Ao final do expediente ela pegou um ônibus e mandou mensagem para uma amiga suspeitando estar sendo seguida. Em seguida pegou outro ônibus e, ao descer no ponto e ir para casa, enviou outra mensagem contando que os homens que a seguiam haviam pego outro caminho. Ela desapareceu minutos depois e seu corpo foi encontrado na quarta-feira, 05 de março, em uma área de mata, com sinais de violência, sem roupas e com a cabeça raspada.
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