Comerciantes alegam diminuição do público devido a insegurança na região
São Paulo se revela uma bela cidade se você souber por onde olhar. Mas, ao andar atento ao município, talvez você se dê conta que a desigualdade social é gritante na urbe e que inúmeras pessoas estão em situação de rua. Segundo o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, a capital tem cerca de 80.369 pessoas morando na rua.
Santo Amaro é um dos bairros paulistanos com maior concentração de moradores de rua. Com isso, a região foi escolhida para ter órgãos públicos de cuidado e acolhimento para essa população. No entanto, comerciantes locais alegam que as medidas atuais estão levando a outro problema na região. “Sempre houve uma alta rotação de pessoas na área do comércio, e depois começou a cair com a instalação do Centro POP na região. O que acontece é que estamos vendo muitos moradores de rua, que brigam, há venda de drogas a céu aberto, muita gente pedindo dinheiro e isso afasta os clientes. Não estamos sendo contra eles, mas também precisamos de uma atenção do poder público”, conta João Santos, um comerciante local.
Há cerca de dois anos, um grupo de cerca de 20 comerciantes da região estão em conversa com a subprefeitura para encontrar uma solução. Na última quarta-feira (07), uma reunião, convocada pelo Conseg Santo Amaro (Conselho Comunitário de Segurança), que contou com a presença dos lojistas, da subprefeita de Santo Amaro, Thamyris Nagell, da supervisora da Assistência Social, Irma de Cassia Liz, e do inspetor Paulo Barros da Inspetoria Regional de Santo Amaro, pode finalmente ter encontrado um caminho para o impasse.
Depois de uma longa conversa, em que os varejistas apresentaram suas queixas e as autoridades responderam às questões, foi acordado um novo local para a instalação do Centro POP entre outras medidas. Em nota oficial, a subprefeitura de Santo Amaro afirma que até que a mudança seja concluída, outras frentes de atuação como a Operação Delegada, que cuida da zeladoria da região, serão reforçadas. A nota também explica que os trabalhos sociais estão mantidos para assegurar o acolhimento necessário a quem precisa.
Por fim, o inspetor Barros também se comprometeu a aumentar o número de policiamento com rondas e realizar paradas estratégicas. “A mudança já está acontecendo, agora com as reivindicações da reunião, vamos passar a ter um olhar mais clínico”, completou.
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