Ricardo Nunes fala da necessidade do combate às mudanças climáticas no Vaticano

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Prefeito esteve presente no seminário “Da crise climática à resiliência climática”

No dia 15 de maio, em sua primeira agenda no Vaticano para falar sobre as ações da cidade de São Paulo para promover a sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente, o prefeito Ricardo Nunes reforçou a necessidade de comprometimento dos governantes para colocar em prática as ações necessárias para combater o aquecimento global, diante das evidências apontadas pelos cientistas.

Nunes é um dos vinte prefeitos em todo o mundo convidados pelo papa Francisco para falar de iniciativas adotadas no combate aos efeitos das mudanças do clima, durante o seminário “Da crise climática à resiliência climática”, entre 15 e 17 de maio, na Cidade do Vaticano, na Itália.

“Sabemos do trabalho primoroso que foi apresentado aqui, que os estudiosos, os cientistas, as pessoas da academia têm trazido sobre essa temática das mudanças climáticas, das ODS’s. Mas cabe a nós, governos, implementarmos as políticas públicas”, reforçou Ricardo Nunes, diante de uma plateia composta por outros prefeitos, autoridades e especialistas presentes na Sessão I e II da conferência sobre crise climática.

“Fica de todos nós esse compromisso de, juntos, todo o mundo, todos os continentes e agora com o apoio do papa Francisco, do Vaticano, atuarmos ainda mais frente a essa necessidade de enfrentarmos as mudanças climáticas, cuidarmos do nosso meio ambiente e da sustentabilidade”, afirmou Nunes.

Durante seu discurso, o prefeito apresentou algumas dessas ações implementadas na cidade de São Paulo, como a de ter uma Secretaria de Mudanças Climáticas, a ampliação da cobertura vegetal da cidade e a abertura de parques, além da criação do Plano Municipal do Clima, o PlanClima.

“Há quatro anos, nós pretendíamos chegar a 50% de área de cobertura vegetal. Chegamos hoje, depois de quatro anos, a 54% de área de cobertura vegetal. O PlanClima nos dá todo o balizamento e as diretrizes daquilo que nós devemos fazer com responsabilidade e de forma articulada com todas as secretarias. Estamos agora com 114 parques na cidade e neste ano, inauguro mais cinco”, informou Nunes.

O prefeito explicou também que São Paulo deu um grande salto na proteção do meio ambiente, ao declarar uma extensa área verde como de utilidade pública para preservação permanente. “Lembrando que São Paulo está dentro de uma área de Mata Atlântica e nós temos hoje 15% de área de mata, que são os parques municipais, estaduais e as áreas indígenas. Fiz um decreto agora, pelo qual é desapropriado 11% do território da cidade, que representa 165 km², maior do que Paris, e nós teremos, portanto, 26% de todo o território da cidade como área de mata preservada, área pública”, discursou Ricardo Nunes.

A meta de substituição de parte da frota de ônibus do transporte público municipal por modelos movidos a energia limpa também foi citada pelo prefeito, que lembrou o volume de emissão de poluentes pelos veículos a diesel. Ele disse estar buscando fontes de financiamento para viabilizar a substituição: “Um ônibus a diesel custa R$ 700 mil e o elétrico R$ 2,5 milhões, ou seja, o ônibus elétrico custa quatro vezes mais que o ônibus a diesel.”

“Na cidade de São Paulo, 64% da emissão do dióxido de carbono é proveniente dos 7 milhões de veículos que circulam por dia. Metade dessa emissão vem dos carros a diesel, em especial, os ônibus. Nós temos 12 mil ônibus na cidade, portanto, é fundamental substituir esses veículos”, finalizou Ricardo Nunes.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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