O tratamento, que conta com diversos estudos publicado ao redor do mundo, está disponível no Brasil
A epilepsia é uma condição neurológica em que uma parte do cérebro emite sinais incorretos causando crises que culminam em convulsões e ausências. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia são portadores do estágio grave da doença. Ao mesmo tempo em que cresce a preocupação global em torno da doença, o tratamento com base em canabidiol (CBD), um composto retirado da cannabis, trouxe esperança para milhões de pacientes.
Estudos recentes publicados em algumas das principais revistas científicas do mundo indicam que o CBD e seus fitocanabinoides conseguem diminuir a frequência e a gravidade das convulsões. Para o médico Daumiro Tanure, coordenador técnico do Centro de Acolhimento em Terapia Canabinoide Anna, isso acontece porque o canabidiol interage com o sistema endocanabinoide do corpo, que joga um papel crucial na regulação da atividade neuronal e na manutenção do equilíbrio (homeostase) do sistema nervoso.
De acordo com o especialista, síndromes graves que causam epilepsia na infância, como as síndromes de Dravet e Lenox-Gastaut, além da esclerose tuberosa, tiveram resultados positivos após a administração do canabidiol. Além disso, um estudo recente do respeitado periódico médico The New England Journal of Medicine, com pacientes com a síndrome de Dravet, demonstrou que a média de crises convulsivas por mês diminuiu de 12 para 6 em pacientes que usam canabidiol. O estudo avaliou 120 crianças e adultos jovens que apresentavam convulsões resistentes aos remédios convencionais.
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