Comerciantes da Av. Interlagos reclamam de barreiras instaladas por moradores de bolsão residencial

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Com cerca de 1.500 moradores, as entradas do bolsão residencial (conhecido como City Campo Grande) são monitoradas por guardas que controlam a circulação das pessoas pelas ruas. Os bloqueios nas calçadas impedem que os donos dos estabelecimentos comerciais ou clientes estacionem seus carros nas calçadas dos comércios e dificultam o acesso de pessoas com restrição de mobilidade


Comerciantes da Av. Interlagos, na região de Jurubatuba, estão indignados com barreiras instaladas por moradores de um bolsão residencial, que impedem o livre trânsito de pessoas em vias públicas.

Com cerca de 1.500 moradores, as entradas do bolsão residencial (conhecido como City Campo Grande) são monitoradas por guardas que controlam a circulação das pessoas pelas ruas.

“Ninguém pode bloquear nenhuma calçada em nenhum lugar do país. O acesso é público, as vias são públicas. Quem faz a coleta de lixo aqui dentro é a Prefeitura, quem faz a varrição das ruas, a poda das árvores… é a Prefeitura. Aqui dentro há escola, centro comunitário, praça, ninguém pode bloquear o acesso a uma via pública”, afirma o comerciante Luiz Sérgio Arantes.

Os bloqueios nas calçadas impedem que os donos dos estabelecimentos comerciais ou clientes estacionem seus carros nas calçadas dos comércios.

Além disso, os bloqueios dificultam o acesso de pessoas com restrição de mobilidade. Há um caso, por exemplo: circulou na internet o vídeo de um idoso que foi carregado até a ambulância, já que o veículo não pôde entrar na área do bolsão.

Em agosto de 2019, a Subprefeitura Santo Amaro determinou a retirada dos bloqueios. A Associação de moradores não cumpriu a determinação, foi multada e a Subprefeitura retirou os bloqueios instalados naquele ano.

Porém, há cerca de quatro meses, novas barreiras de concreto foram instaladas nas ruas de entrada do bolsão, o que causou irritação nos comerciantes que trabalham na Av. Interlagos.

Os moradores alegam que os obstáculos são de caráter paisagístico e para a segurança dos residentes que temem a presença de motoqueiros, que costumavam transitar em cima das calçadas.

A Lei nº 11.322, de 22 de dezembro de 1992, autoriza a criação de Bolsões Residenciais “com características e perímetros definidos em projetos de reurbanização das áreas por eles abrangidas, objetivando a elevação da qualidade de vida dos moradores dessas áreas”.

A mesma Lei, no entanto, indica que deve ser assegurada a “livre circulação de veículos e pedestres no interior do perímetro definido, ficando vedada a instalação de portões, correntes, cercas, ou qualquer outro dispositivo que impeça o livre acesso dos munícipes ao Bolsão Residencial”.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Santo Amaro, informou que “realizou vistoria no local no dia 1º de junho e constatou a obstrução na calçada. As medidas cabíveis serão tomadas, conforme a legislação municipal”.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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