Vereadores e moradores da capital se reuniram para debater os orçamentos de cada Subprefeitura e da cidade de São Paulo, que deve ter R$ 68,9 bilhões para investimentos no próximo ano
Durante o mês de novembro, a Câmara dos Vereadores realizou diversas audiências públicas, em toda a cidade, para discutir com a população sobre o orçamento de 2020 da Prefeitura de São Paulo, que deve ser de R$ 68,9 bilhões, conforme a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PL 647/2019).
Na Zona Sul, as audiências aconteceram nos dias 23 para as Subprefeituras da Capela do Socorro e Parelheiros; Campo Limpo e M’Boi Mirim; Ipiranga, Vila Mariana e Sé; e no dia 30, para as Subprefeituras de Cidade Ademar, Santo Amaro e Jabaquara.
Segundo o vereador Alfredinho (PT), que participou da audiência de orçamento para Capela do Socorro e Parelheiros, as duas subprefeituras ainda podem ter aumento em seus orçamentos, que, inicialmente, são de R$ 35,9 milhões e R$ 26,8 milhões, respectivamente.
“Como são duas subprefeituras periféricas, em regiões carentes, é necessário que a gente dedique atenção para problemas cruciais, como tapa-buracos, manutenção de parques e iluminação pública. Temos que aumentar os recursos”, disse.
Já a representante da Associação de Moradores do Jardim Manacá da Serra, na região de Parelheiros, Tata Silva, cobrou melhorias na infraestrutura da região. “Precisamos da regularização fundiária para ter água, esgoto, energia regularizada, os Correios e ter pavimentação”, reivindicou.
Moradores da Vila Mariana reclamaram da falta de zeladoria na região, que em 2020 terá o maior orçamento da Zona Sul com R$ 46.813.689,00. “Percebo que o bairro está abandonado. Não há lâmpadas nos postes, além do crescimento de árvores que ficam emaranhadas nos fios elétricos”, reclamou Leila Tupinambá, servidora pública.
A reivindicação na audiência do Campo Limpo, que vai receber o segundo maior orçamento (R$ 46.071.235,00) foi para o recapeamento das ruas do bairro que, segundo o vereador Reis (PT), não comportam tráfego de ônibus. “É preciso, portanto, que o orçamento destinado ao recapeamento seja executado de forma planejada onde há maior fluxo de ônibus, para que a população seja atendida e não sofra com condições precárias nas vias públicas”, afirmou.
Na região do M’Boi Mirim, a cultura foi a pauta mais lembrada entre os moradores. “Estamos esperando a efetivação do Plano Municipal de Cultura na nossa região. Havia a previsão da construção de um centro cultural em M’Boi Mirim, mas não houve continuidade”, disse Luiz Donizete Araújo, representante do FAS M’Boi Mirim.
O chefe de gabinete da Subprefeitura M’Boi Mirim, Silvio Ricardo Pereira, afirmou ainda que a prioridade do orçamento de R$ 32.734.420,00 é investir em recuperação das áreas de risco. “Segundo relatório atualizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas, nossa região concentra a maior quantidade de áreas de risco de São Paulo. Hoje temos 55 núcleos, que equivalem a 120 áreas de risco. Portanto, nossa prioridade número um é a resolução desse problema”, comentou.
Em Santo Amaro, o autônomo Sebastião Bittencourt cobrou melhorias no tráfego do bairro, que vai receber R$ 43.702.532,00. “Eu espero que este orçamento contemple as questões viárias e de mobilidade, para desobstruir o Largo 13. E também que sejam construídas mais casas de acolhimento, escolas e creches”, disse.
Finalizadas as audiências públicas de orçamento, o vereador Atílio Francisco (Republicanos) fica responsável em fazer um relatório final sobre o Projeto de Lei.
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